Por uma Res-pública
Por uma releitura da proclamação da república, ou da Res-pública
em 2 capítulos, por enquanto.
1. Pedro II e a Republica
O mundo, ou melhor, o Brasil está repleto de
nomes de Ruas, parques ou locais públicos homenageando algum personagem
histórico. Os acontecimentos dos últimos
meses, se vistos por esse lado, enfatizam uma outra perspectiva que me faz
pensar além dos nomes históricos das instituições. Num desencadear de
pensamentos faço uma releitura. Não uma releitura do descobrimento, como
fizeram os modernistas, mas sim numa releitura da proclamação da República do
Brasil.
A primeira pergunta que faço é: quando e
porque o país deixou de ter o regime de monarquia federativa presidencialista e
passou a República? Ao compreender que hoje o cargo político do presidente da
república é para o “sempre” da vida, até a morte; penso em como temos
semelhanças que continuam ocorrendo desde aquela época da independência. São
monárquicos os salários e auxílios de presidentes e ex-presidentes recebidos
até a morte de cada um deles. Essa seria uma pergunta que gira em torno da
polêmica da aposentadoria, do fundo de pensão etc. Mas, por merecer um estudo
mais aprofundado, não me arrisco a abordar mais sobre este assunto.
O segundo ponto é o que faz agora me
questionar sobre Pedro II. Com o intuito de reler a proclamação da Republica,
inicio as questões por como vemos Pedro II nos dias de hoje. Para se chegar até
o mais longínquo do passado, inicio por duas situações do presente, nos muitos
nomes de ruas, espaços e monumentos que me fazem retomar um pouco da história
dessa personalidade estão: a escola do Rio de Janeiro e a estação de metrô em São
Paulo que levam o mesmo nome.
O que posso dizer sobre a figura histórica, para além do nome de Pedro II é pouco que sei sobre a história passada. Sei que foi imperador ainda em criança, fato que fez
muitos questionarem na época sobre a maioridade. Sei que por ter passado grande parte
de sua infância se preparando para o império e pelo que instituiu depois, sua
reputação fora a de um erudito, um patrocinador do conhecimento. Sei que não conheceu a
mãe, que faleceu pouco tempo depois do seu nascimento. Seu pai, ao sair do país
e voltar a Portugal, deixou três pessoas encarregadas de tutorá-lo. E
enquanto não atingia a maioridade, o já coroado imperador, era governado
- assim como o Brasil - por outra regência que tomava decisões políticas, e sei também que isto resultou em brigas e rebeliões no país.
Para que Dom Pedro II assumisse como
imperador naquela época foi pensado e discutido sobre a diminuição da maioridade,
coincidentemente esta discussão tem sido necessária nos dias de hoje,
pretendendo conferir aos menores de idade um outro tipo de autoridade.
Vemos o quanto à diminuição da
maioridade penal é um assunto polêmico neste país, desde o tempo de Dom Pedro
II. Quando olho hoje, os jovens alunos que ocuparam escolas em todo país em
defesa do ensino público, penso que esta maioridade pode conceder uma autonomia
desejável. Porém, a exemplo destes alunos, a idade com a qual Pedro II fora
coroado foi, provavelmente, a mesma com a qual estes secundaristas iniciaram a luta
em prol do ensino público, mas sei que a juventude não está toda representada nestes
exemplos.
Outras questões aparecem quando o
assunto vem à tona, pois outros também são os adolescentes. Continuação no link abaixo:
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