quinta-feira, 25 de maio de 2017

Todo trabalho não é social? parte 5

5. O valor do trabalho 

O que vemos é uma exacerbação do valor do trabalho, do “ter um trabalho”, e uma diminuição do valor do trabalho em si, ou do trabalho como uma função social. A lei da competição preconiza isso. Nas relações entre o produto e o capital, também é assim. Quanto mais se tem disponível, menos valor se pode cobrar. Até faz algum tipo de coerência, se  pensarmos em produtos, mas ao pensarmos  em pessoas, fica bastante absurdo.  Indico a leitura do livro de Carolina de Jesus, “O quarto de despejo”para essa reflexão,.

Outro tipo de trabalho é o trabalho escravo, o que ainda é visto aqui no Brasil. Consta o caso da uma fazenda no ano 2000, no Pará, que foi denunciada e julgada por uma Corte interamericana de Direitos Humanos. Assim como o trabalho escravo, outras pistas de como damos valor ao trabalho, ou de como valoramos o trabalho hoje. De como colocamos um valor quando damos um preço para os trabalhos de hoje. Indico também um  filme antigo, 1,99. Da época em que haviam lojas que cobravam o valor de R$1,99 para quase tudo que havia para vender. 

       Sem esgotar, sigo perguntando: quanto vale o seu trabalho? Ou quanto deveria valer? Seria um exercício pensar, não em termos financeiros. Se pensássemos nos valores de forma diferente do mercado de trabalho. Como você faria essa valoração? Como você etiquetaria cada uma das funções da sociedade, do que precisamos hoje para viver? Do que você precisa para viver, de que forma você  etiquetaria os preços destas funções da sociedade. 





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