Ouviram do Ipiranga
Sem
saber se o que ocorre no Brasil é consequência da falta de canto do hino no
dia-a-dia dos brasileiros, me pergunto sobre as novas versões e os novos
significados para esse tal grito de independência do país que iniciou o processo da instituição da república. Pedro II assumiu o
império ainda muito jovem, mas foi em seu império que houve a proclamação da república, certo? Penso que algo mais se relaciona entre a independência do Brasil e a proclamação da República. Mas o que?
Neste momento retorno a análise do hino
que tanto me ocupei nas aulas de sintaxe em língua Portuguesa. Para além do
enjambement e das anástrofes presentes, nas aulas usava as perguntas para analisar. Quem é o sujeito?
Ouviram do Ipiranga
Será
ouviram lá do Ipiranga o grito das margens plácidas? Se as margens de um rio
gritaram, certamente foi pelo que ocorreu em Mariana. Se pensarmos no caso da
catástrofe com o desabamento da barreira no rio em Mariana, sim. Talvez tenha
sido uma espécie de premonição da Natureza, um clamor adiantado, um aviso.
Será
que as margens plácidas do rio é que ouviram o grito de um povo heroico? É
possível, apesar de não se falar em povo naquela ocasião, nem em levante público,
muito menos em manifestações. Se for o clamor do povo descrito na letra, também
pode ter sido um aviso. Um alerta para tudo que começaríamos a passar desde
2013. Neste caso, nosso hino está
ficando mesmo premonitório, uma espécie de guru.
Quem
é o sujeito? Foram as margens que ouviram o grito do povo? Ou foi o Rio
Ipiranga que gritou, desesperado, do que está ocorrendo atualmente no Brasil?
Tantas perguntas
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