sexta-feira, 28 de abril de 2017

OUVIRAM DO IPIRANGA: hino 1

Ouviram do Ipiranga
              
       Sem saber se o que ocorre no Brasil é consequência da falta de canto do hino no dia-a-dia dos brasileiros, me pergunto sobre as novas versões e os novos significados para esse tal grito de independência do país que iniciou o processo da instituição da república. Pedro II assumiu o império ainda muito jovem, mas foi em seu império que houve a proclamação da república, certo? Penso que algo mais se relaciona entre a independência do Brasil e a proclamação da República. Mas o que?
       
       Neste momento retorno a análise do hino que tanto me ocupei nas aulas de sintaxe em língua Portuguesa. Para além do enjambement e das anástrofes presentes,  nas aulas usava as perguntas para analisar. Quem é o sujeito?

Ouviram do Ipiranga

      Será ouviram lá do Ipiranga o grito das margens plácidas? Se as margens de um rio gritaram, certamente foi pelo que ocorreu em Mariana. Se pensarmos no caso da catástrofe com o desabamento da barreira no rio em Mariana, sim. Talvez tenha sido uma espécie de premonição da Natureza, um clamor adiantado, um aviso.

           Será que as margens plácidas do rio é que ouviram o grito de um povo heroico? É possível, apesar de não se falar em povo naquela ocasião, nem em levante público, muito menos em manifestações. Se for o clamor do povo descrito na letra, também pode ter sido um aviso. Um alerta para tudo que começaríamos a passar desde 2013. Neste caso, nosso hino está ficando mesmo premonitório, uma espécie de guru.

           Quem é o sujeito? Foram as margens que ouviram o grito do povo? Ou foi o Rio Ipiranga que gritou, desesperado, do que está ocorrendo atualmente no Brasil?

 Tantas perguntas 

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