Sim, este é um quase poema, um quase intertexto do que escreveu Bertod Brecht - Perguntas de um operário que lê
Mais um exercício que costumo fazer com os alunos, feito agora por mim.
Mais um exercício que costumo fazer com os alunos, feito agora por mim.
O conhecimento vale muito,
Vale a pena ter.
O conhecimento é propriedade?
Deve-se ter?
Vale conhecer.
Mas quanto vale? Se em cada saber, se em cada conhecer, se em todo o
ensino eu pago.
Mesmo que seja público o ensino, eu pago. Eu pago quanto?
Eu pago a quem? A quem pago pelo conhecimento?
A instituição da escola? Ao
professor?Ao governo?
Eu decido sozinho o que deve ser
o conhecimento necessário para as próximas gerações?
Que conhecimentos eu pago?
Que conhecimento é pago?
Alguém diz o que devemos aprender.
Quem é que diz o que o certo?
Quem diz o que se deve aprender?
Nos manuais de currículo mínimo está o que devemos ensinar. Quantos
anos leva para se criar um currículo
mínimo?
Quem o cria?
Será que nele está o fundamental, o necessário para o saber de hoje?
O que está no currículo oficial ainda é o mais importante?
Voltemos a pergunta inicial sobre
o valor do conhecimento.
Se o conhecimento também vale, será que ele vale sozinho?
Será que ele vale sempre a mesma coisa?
O valor do conhecimento como pode ter um preço, mas são tantos os
valores. E quem é que paga por isso?
O valor dorme em berço esplêndido, enquanto tudo aumenta.
Mas o valor mesmo, o quanto vale a você
e para mim, sempre é diferente. Eu valorizo mais isso, esse saber; você
valoriza mais aquilo.
Aí, se complica,
Por que o que é valor aqui, neste país, em outro país não vale?
O que era um aqui, acolá vale dois.
Como pode, ora pois?
São tantos os conhecimentos, tantos são os valores...
Justiça é ? Deixemos essa pra depois.
Uma ficha de aula com a poesia de Brecht:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=9861
Uma ficha de aula com a poesia de Brecht:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=9861
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